quinta-feira, 26 de março de 2020

Terapia on-line em tempos de pandemia

Coronavírus (Covid-19)
Diante desta chuva de informações sobre o novo coronavírus, o Covid-19, um clima de tensão por causa do isolamento - voluntário ou não - tem afetado a saúde mental de muitas pessoas. Prova disso é a quantidade de buscas por conteúdos na internet sobre ansiedade, pânico e informações sobre remédios como fluoxetina, clonazepan, rivotril, entre outros. 

A tecnologia tem mudado a forma como as pessoas se relacionam. Rotinas cada vez mais agitadas ou até situações que nos escapam do controle (como essa situação de pandemia que estamos enfrentando) prejudicam a realização dos atendimentos presenciais e exigem que profissionais e serviços se adequem a um novo formato de atendimento. Pensando nisso, Conselho Federal de Psicologia (CFP) liberou que as consultas psicológicas de quem procura atendimento sejam feitas on-line. A terapia online é uma prática relativamente nova, onde um psicólogo realiza consultas, aconselhamento e orientação psicológica através da internet. Nos últimos dias, tem sido muito mais procurada como uma opção de atendimento pois ela não favorece a propagação do vírus, e o paciente não precisa interromper o atendimentos no momento em que mais precisa, visto que o isolamento pode agravar muitos casos. 

Terapia on-line: atendimento prático e acessível
O atendimento pode ocorrer em tempo real, como em conversas por vídeo conferência, telefônicas e salas de bate-papo, ou em um formato assíncrono (com atraso de tempo), através de mensagens ou trocas de e-mails. Independente da forma de condução, a lógica dos atendimentos é a mesma da terapia presencial. Para garantir o sigilo, são utilizados programas ou aplicativos com criptação de dados, dentre os mais comuns temos o Whatsapp, Skype e Hangouts, muito utilizados devido à sua popularidade. 

Existem muitas vantagens na terapia online. Uma delas é a comodidade, pois o paciente não precisa se deslocar até o consultório. Isso facilita inclusive o atendimento de pessoas que vivem ou trabalham em outros países, cujo idioma é um problema de comunicação, ou pessoas de cidades pequenas, interioranas ou rurais, com baixa oferta de psicólogos. Essa forma de atendimento também acaba sendo vantajosa para pessoas tímidas que prefiram interagir por meio da internet do que presencialmente, bem como pessoas com dificuldade de locomoção, acamadas, idosos ou doentes. 


E você, ainda tem dúvidas?
Entre em contato e vamos conversar!


Manuella Bahls
Psicóloga clínica - CRP 12/14894
Atendimento juvenil, adulto e casais
Trindade e Centro de Florianópolis
Telefone: (48) 99919-6930

segunda-feira, 23 de março de 2020

MEDO: Um sistema de alarme

O medo é como um sistema de alarme que
nos alerta sobre as possíveis situações de risco
O medo funciona em nosso corpo como um eficiente sinal de alarme, cuja principal função é nos alertar sobre determinada situação de risco e nos possibilitar enfrentá-la da melhor maneira possível. O problema é que esse sinal de alarme, por vezes, não está calibrado de forma adequada. Quando isso acontece, o medo que antes era saudável e contribuía para nossa auto preservação, acaba se tornando um medo patológico, atrapalhando o processo de enfrentamento da situação.

Mas afinal, o que é um medo "saudável"? Entendemos como um medo saudável aquele alarme que é  eficientemente calibrado, tanto em sua ativação como em sua regulação ou normalização. No momento da ativação, o alarme do medo dispara somente se houver um perigo real. Ele não é acionado diante de situações menos perigosas, ou mesmo da lembrança de alguma situação de risco, pois o alarme leva em consideração apenas o contexto real ao qual o sujeito está submetido.

Para facilitar a compreensão, imagine o seguinte: se você estiver a quatro metros de um tigre no meio de uma floresta, você terá medo. Faz sentido você sentir medo, pois essa situação evidentemente lhe colocará em situação de risco real. Agora, vamos supor que ele esteja preso em uma jaula. O medo já é bem menor, não é mesmo? Desta forma, entendemos que um medo saudável tem uma intensidade proporcional ao risco real, permitindo agir de uma maneira adaptada à situação.

Não temos culpa pelos nossos medos patológicos - aqueles grandes, desproporcionais e excessivos - como também não temos culpa de sermos alérgicos, asmáticos ou diabéticos. Não escolhemos voluntariamente sentir medo, e menos ainda sentir muito medo. Mas apesar de não conseguimos ter controle sobre a vinda dele, é possível administrá-lo.

Não é ruim sentir medo. Aprenda a ouvi-los, pois eles são um valioso sistema de alarme diante os perigos da vida. O que não podemos é nos render sempre a eles, pois às vezes, esse sistema fica desregulado. Perceba se seus medos são reais, se são crenças que racionalmente têm pouca probabilidade de acontecer ou até mesmo nenhuma. Conheça seus medos, cumprimente-os, olhe-os de frente. Decidir entender o próprio medo é o primeiro passo para conseguir lidar melhor com ele.

Enfrentar os medos é a melhor maneira de aprender a administrá-los

segunda-feira, 16 de março de 2020

CORONAVÍRUS

Sobre os atendimentos presenciais


Nos últimos dias temos vivido uma situação de ameaça à nossa saúde e de pessoas queridxs. É natural que sintamos medo, que fiquemos assustados e que quadros ansiosos e fóbicos se manifestem ou agravem neste momento.

Pensando nisso, de acordo com as orientações do CFP (Conselho Federal de Psicologia), todas as sessões de psicoterapia se mantém CONFIRMADAS até segunda ordem. Entretanto, teremos de tomar alguns cuidados especiais em nome da segurança de todxs:

  • Ao chegar, lave suas mãos e/ou use o álcool em gel disponível na recepção
  • Nos cumprimentaremos SEM abraço, beijo ou aperto de mão, a fim de evitar contato
  • Tentaremos manter as janelas abertas para garantir a melhor circulação de ar

Se você apresentar algum sintoma, ou até mesmo se sentir mais segurx, solicite com antecedência o atendimento on-line. Tal modalidade é autorizada pelo CFP, e já tenho licença para atuação. PS: você pode confirmar minha inscrição ou de qualquer outrx profissional com habilitação para essa modalidade buscando pelo nome completo no site https://e-psi.cfp.org.br/.

É isso, pessoal. Estamos passando por um momento difícil, e não dá pra colocar em risco a saúde de outras pessoas em nome do nosso bem estar. Se cada um fizer a sua parte, logo logo essa fase termina (como tantas outras em nossas vidas) e tudo volta ao seu estado habitual.

Cuidemos uns dos outros!

Com carinho,
Psicóloga Manuella Bahls
CRP 12/14894