segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Sobre os dias nada-incríveis

Alguns dias de nossas vidas são chamados de “nada-incríveis”. São dias que a gente esquece das alegrias que a vida nos trouxe, das superações dos momentos de crise que já enfrentamos, do quão avançados estamos nessa jornada linda e doida que é a vida. Tem dia que a gente esquece daquilo que somos feitos, da potência que edifica e sustenta cada parte do nosso corpo, e quando menos percebemos lá estamos nós, já esquecendo do nosso valor outra vez.

Sempre pensei que para ter uma boa saúde mental não devemos exterminar os dias ruins de nossas vidas. Dias ruins vão existir, você aceitando isso ou não, e sem eles a gente sequer saberia que gosto a felicidade tem. Resiliência é um exercício diário e tá tudo bem a gente ser vulnerável de vez em quando. É claro, esse de vez em quando não são quatro-dias-por-semana, mas é importante poder desaguar e botar pra fora aquilo tudo que machuca, se recompor e sorrir novamente quando estiver pronto.
Urubici (SC)

Se não tem como fugir desses dias nada-incríveis, que a gente possa enfrentá-los da melhor maneira possível, acolhendo as emoções que deles surgem com calma, serenidade e com a confiança de que eles, assim como todos os outros dias nada-incríveis, vão passar. Enquanto isso não acontece, sejamos gentis com a gente mesmo. Esta foto representa pra mim meu melhor ato de gentileza comigo, pois mesmo sendo um desses dias nada-incríveis, permiti me conectar com coisas boas e viver minha emoção de maneira confortável e acolhedora, com uma bebida quentinha e essa vista inspiradora.

O que você faz pra você mesmo quando precisa ser mais gentil consigo?